Sobre mim


Nasci em Votorantim, filho de pais operários (seu Otávio e dona Lola, já falecidos). Tenho dois irmãos mais velhos, Enéas e Otávio.

Estudei em escolas públicas, a EEPG Senador Vergueiro e a EMPSG Dr. Achilles de Almeida. Foi a professora Dulce, na sexta ou sétima série, quem me fez despertar para o fato de que eu gostava de escrever. Desde então, nunca mais parei, e creio que devo isso a ela.

Comecei no jornalismo aos dezesseis anos, como chargista e redator da Tribuna de Sorocaba. Lá fiz minha primeira reportagem, sobre um pessoal que vendia redes na beira do rio. Meu primeiro mestre foi o pernambucano Alcides Nicéas, já falecido.

Fiz o curso Técnico em Redator Auxiliar na EMPSG Dr. Getúlio Vargas, onde tive aulas com dois grandes professores que são amigos e referências até hoje, Carlos Camargo Costa e Roberto Samuel Sanches.

Em março de 1981, com dezoito anos, fui contratado pelo jornal Cruzeiro do Sul, de Sorocaba, como repórter. Lá também tive bons professores. Os principais foram Sérgio Coelho de Oliveira, José Maria Tomazela, Roque Pires do Amaral e Homero Moreira Querido Filho, mas houve muitos outros.

Aprendi muito com Geraldo Bonadio, dono de um estilo elegante e repleto de informação. Foi substituindo o Bonadio em suas férias, ainda nos anos 1980 e 90, que comecei a treinar para uma função que iria exercer em tempo quase integral, muitos anos depois -- a de editorialista.

Sou de uma época em que os chefes gostavam de ensinar tudo o que sabiam aos "focas". A redação era uma grande escola. Hoje isso ainda não se perdeu, mas a troca costumava ser mais intensa.

Trabalhei no Cruzeiro do Sul por catorze anos. Fui repórter de Cidades, pauteiro, chefe de reportagem, editor de Nacional e Internacional, editor de caderno cultural, editor de primeira página por oito anos e editor executivo. No final de 1995, resolvi sair do jornal para buscar outros desafios. Fui trabalhar na minha empresa, a Loja de Ideias Jornalismo e Publicidade Ltda (fundada em 1993 e que mantenho até hoje, tendo como sócia minha mulher, Sandra Nascimento).

Na Loja de Ideias, produzimos por dois anos o programa Extra! A revista de Sorocaba na TV (1995-1997), em parceria com o videomaker Werinton Kermes. A parceria acabou junto com o programa, mas a Loja de Ideias jamais deixou de produzir vídeos e, mais especialmente, videodocumentários. Ainda no Extra!, comecei a editar vídeo em ilha analógica, atividade em que me aperfeiçoaria com a chegada das ilhas digitais de edição, a partir de 1999.

Além de diversos vídeos menores, artísticos e/ou institucionais, Sandra e eu produzimos, dirigimos e editamos os seguintes documentários:

Caminhos da arte (2001, 40 minutos), patrocinado pela antiga Lei de Incentivo à Cultura estadual.
https://www.youtube.com/watch?v=pd_o4N5QCKc&t=151s

Aluísio (2002, 28 minutos), patrocinado pela Lei de Incentivo à Cultura de Sorocaba.
https://www.youtube.com/watch?v=jEjBNiarW2o

Sorocaba, o rio de nossas vidas (2005, 34 minutos), também patrocinado pela Lei de Incentivo à Cultura de Sorocaba.
https://www.youtube.com/watch?v=HhzDEDbdqt4&t=1654s

Participei com imagens, ao lado de outros cinegrafistas, e com a trilha musical que compus e gravei com meu velho parceiro de cantorias Celso Magrão, do vídeo Circo-teatro, alegria do povo (2008, 59 minutos), dirigido por Sandra.
https://www.youtube.com/watch?v=nDMrLwmYosw&t=2350s

Em paralelo a tudo isso, a Loja de Ideias prestou assessoria de imprensa para o Clube União Recreativo, a Organização Sorocabana de Ensino e eventos pontuais, como a Semana do Tropeiro (festa tradicional em Sorocaba) e a etapa local do Circuito Paulista do Livro, promovido pela Câmara Brasileira do Livro, Associação Nacional de Livreiros e Imprensa Oficial do Estado.

Fui um dos primeiros profissionais de jornalismo a atuar na web em Sorocaba, como redator contratado pela NutecNet (depois Zaz, depois Terra) para atualizar diariamente a Cidade Virtual de Sorocaba, criada por meu grande amigo Luis Algarra.

Sempre com a Sandra, criei e editei por algum tempo duas revistas técnicas, a Revista Afresp de Tributação (para a Associação dos Agentes Fiscais de Rendas de São Paulo), que tinha uma edição belíssima e era inteiramente ilustrada pelo saudoso amigo Paulo de Andrade, e a revista do Instituto Manchester Paulista de Ensino Superior (Imapes).

Para dar conta dos trabalhos diversificados que apareciam, aprendi a usar o Photoshop, o CorelDRAW, o FrontPage, o PageMaker e o Adobe Premiere, entre outros programas.

Em 2002 e 2003, produzimos textos jornalísticos para a revista Exclusiva Up! do Cruzeiro do Sul, coordenada por Luthero Maynard. Além de reportagens, assinávamos a coluna "Update", que fazia atualização de fatos e personagens que tinham sido notícia décadas antes.

Em 2004, tive minha primeira (e única, até agora) experiência com campanha política, atuando como redator, a convite de Luis Algarra, na campanha de Gabriel Bitencourt (então no PT) para prefeito de Sorocaba. Foi uma experiência enriquecedora, que de certa forma funcionou como uma imersão nos problemas da cidade, de que estava afastado há vários anos. (É importante ressaltar que não sou filiado a partido, e minha atuação na campanha foi como profissional contratado.)

Em maio de 2006, recebi um convite para retornar ao Cruzeiro do Sul, onde passei a exercer as funções de assessor técnico de diretoria, editorialista e coordenador do Projeto Memória (responsável pela digitalização do acervo do jornal).

Com o término do trabalho de digitalização do Projeto Memória (http://memoria.cruzeirodosul.inf.br/), fui convidado pelo presidente da FUA, Laelso Rodrigues, a assumir um posto na Redação. Em março de 2011, exatamente no mês em que completei 30 anos de jornalismo com carteira assinada, passei a colaborar com a equipe, então comandada pelo amigo Anclar Patric (Cal), nas funções de Consultor Editorial e Ombudsman.

Coordenei a implantação da TV Cruzeiro do Sul (http://www.cruzeirodosul.inf.br/tvcruzeiro/), atividade em que pude exercitar todo o conhecimento na área de vídeo, adquirido em mais de 20 anos de atuação na área. Uma de minhas atribuições foi escolher os equipamentos e acessórios necessários para os trabalhos em vídeo nas reportagens externas e em estúdio.

Coordenei, além disso, os trabalhos da Editora FUA, que publicou cinco livros nesse período.

Entre março de 2015 e abril de 2018, exerci a função de editor-chefe do jornal Cruzeiro do Sul, atividade esta que me proporcionou grande aprendizado, e na qual pude colocar em prática muitas das ideias amadurecidas ao longo de mais de 30 anos de jornalismo, sobre como fazer um jornal honesto, independente e voltado para a comunidade. Após esse período, me desliguei da FUA, voltando a me dedicar com exclusividade à Loja de Ideias,

Na Loja de Ideias - cuja nova razão social, alterada em função de exigência da Ancine, é Loja de Ideias Produção Audiovisual, Jornalismo e Edição Ltda -, estamos focados na prestação de serviços de videoprodução e edição de livros e revistas. Também acalentamos o projeto de um novo documentário em vídeo, que pretendemos produzir com recursos da Lei Rouanet. Os novos formatos de captação de imagens prometem dar ao trabalho a qualidade técnica que sempre perseguimos, e as perspectivas de exibição em TVs e cinemas, com isso, são muito maiores.

Eu e a Sandra temos dois filhos, Ana Júlia e José Otávio, já adultos. A Ana é formada em Comércio Exterior e o Tato (é assim que o chamamos) estuda Matemática voltada para o Agronegócio, na UniSul. Escrevi dois livros de poemas (Coquetel Molotov e Apenas um risível zepelim gigante), compus umas trinta canções (uma delas foi gravada pela Márcia Mah e outra pelo Eraldo Basso, artistas de Sorocaba) e plantei, ao que me lembre, uma árvore, o que indica que minha existência está completa.

Mas ainda tenho a alma povoada de sonhos, e o principal deles é ser escritor profissional.


Na redação, por volta de 1984