27 de nov. de 2010

Jornalismo, imprensa e comunicação (e um pouco de provocação) em 20 tuitadas

As frases abaixo foram publicadas no meu Twitter. São reflexões sobre jornalismo, imprensa e comunicação em geral, que vão me ocorrendo à medida em que vejo coisas que acontecem, ou observo o comportamento de alguém. Todas são minhas - ou, pelo menos, penso que sejam. Mesmo assim, é possível que alguma delas seja um eco distante de alguma coisa que ouvi e li em algum lugar. Não costumo cometer esse tipo de delito, mas, se isso ocorrer involuntariamente (aliás, isso vale para todos os posts), por favor, me avise e darei o devido crédito. E, por outro lado, se achar alguma delas interessante e quiser utilizá-las, fique à vontade - mas ponha meu nominho embaixo, ok?

Um bom cozinheiro é mais útil numa redação do que um péssimo jornalista.

Quem vende jornal é o telemarketing, o dono da banca. Faça sua matéria o melhor possível, mas deixe essa preocupação para eles.

Existe uma forma relapsa de procurar que, na verdade, não passa de uma forma de esconder. Em jornalismo, isso é desastroso.

Um jornalista sem consciência social é como um jogador de futebol que não sabe chutar pro gol. Por que estou dizendo isso? Sei lá!

Em tempo de eleição, o jornalismo imparcial e apartidário desagrada a gregos e troianos. Mas a função do jornal não é agradar, é informar.

Um texto sempre pode ser melhorado. Algumas vezes, com acréscimos. Na maior parte das vezes, com supressões.

É fácil ser defensor da liberdade de expressão num país livre como o Brasil. Macho mesmo é quem faz isso na China.

Me desculpem a imagem grosseira, mas certos veículos da "grande imprensa" parecem galinhas alvoroçadas, com medo da dona do galinheiro.

Já fui assessor de imprensa, sei como é estar do outro lado, esperando que o "olimpo" se digne ler seu release. Não é fácil, não.

Google, Orkut, MSN, Facebook, Twitter: vivíamos bem sem tudo isso, lembra? Logo, tudo isso não pode ser tão importante.

Se eu tivesse um filho jornalista e ele me pedisse um conselho, diria para jamais concorrer a prêmios oferecidos pelo poder político.

Mexer com certos assuntos é como enfiar a mão numa caixa de aranhas. Mas a consciência não deixa outra alternativa.

Assusta a maquinação desses Prometeus invertidos, tramando para que o fogo sagrado da informação seja novamente um privilégio de poucos.

O repórter pode evitar que suas opiniões contaminem o texto. Mas para isso deve ser inteligente, honesto e, sobretudo, respeitar o leitor.

Imagens em câmera lenta, texto piegas, locutor meloso, pianinho ao fundo. A fórmula televisiva pra transformar imbecil em heroi.

Jornalista reclamando de plantão é como cozinheiro reclamando de fogão. Será que eles não sabem que notícia não tem hora?

Numa ditadura, de esquerda ou de direita, quem de nós se arriscaria pela liberdade? E quem de nós, alegremente, iria cear com o torturador?

A censura é a falência da razão. E, como toda grande insanidade, começa com alguma pequena bobagem, sempre.

A verdade sempre incomoda e causa reclamação.

O trabalho do bom jornalista começa onde termina o do repórter medíocre, que se contenta com gestos e declarações.

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